Arnau Rovira é um fotógrafo que chegou ao Turquemenistão por acidente. De Barcelona, ele nos lembra a história de como acabou na capital, Asgabade, acompanhando jornalistas esportivos para os Jogos Asiáticos de 2017. Este país da Ásia Central, que já fez parte da União Soviética, é reconhecido não apenas por suas fortes restrições de acesso e controle, mas também por suas construções brancas e douradas que parecem uma cidade futurista perto da fronteira com o Irã.
"Há algum tempo, o ex-presidente Gurbangulí Berdimujamédov tinha uma obsessão por ganhar recordes do Guinness e buscou construir o maior número possível de edifícios de mármore branco", diz Arnau Rovira. Isso é apoiado pelas riquezas do país - uma das maiores reservas de gás do mundo - que certamente o colocarão em breve no centro das atenções da imprensa mundial. "Contar a realidade que acontece lá, através da arquitetura, me parece interessante".
Nas fotografias, não se veem pessoas, apenas obras de uma escala imensa que parecem vazias, como se fosse uma cidade fantasma. Também se vê uma parte da construção da vila e do estádio olímpicos, que tinha um trem suspenso, mas que aparentemente só foi usado brevemente para o evento dos Jogos Asiáticos. Por enquanto, não parece haver um futuro claro para essas instalações.
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Artigo relacionadoO ensaio fotográfico do Turquemenistão realizado por Arnau Rovira hoje em dia está publicado no fotolivro "Uma trilogia de Arquiteturas incomuns" (Noom Books 2020). Além da série A ghost city - "Uma cidade fantasma" -, ele apresenta neste livro Fantasia Resorts e Los Cholets, esses edifícios de arquitetura andina desenvolvidos na Bolívia. Se você estiver interessado, pode adquirir Uma Trilogia de Arquiteturas Incomuns no seguinte link.